Peço
desculpas a todos que visitaram meu blog, especialmente aos que deixaram
comentários aqui. Não tenho tido muito tempo livre para postar tudo o que eu
queria aqui. O trabalho e as atribuições familiares têm absorvido a maior parte
do meu tempo.
Mas enfim,
vamos lá...
Fiquei de
postar os critérios diagnósticos do Transtorno de Personalidade Borderline
(TPB) também conhecido como Transtorno de Personalidade Limítrofe. Tais
critérios foram revisados em 2011 e republicados através do DSM-5 (manual da
Associação Americana de Psiquiatria que serve como referência diagnóstica para
os profissionais/estudiosos da saúde mental. Não encontrei uma versão online em
português dessa revisão. Para os interessados, posto abaixo uma tabela
comparativa em inglês entre os critérios diagnósticos do TPB no DSM-4 de 1994 e
no DSM-5 de 2011.
Podemos
afirmar que o TPB é caracterizado por uma disfunção do de relacionamento
consigo mesmo (intrapessoal ) e com outras pessoas (intrapessoal). De acordo
com o DSM-5, os critérios diagnósticos
para o TPB são:
1) Ausência
de uma identidade definida - o indivíduo
tem problemas de auto-imagem, não sabendo verdadeiramente quem ele é, suas
preferências e seus objetivos. Isso leva a uma sensação crônica de vazio e a grandes
flutuações de valores e metas pessoais e profissionais ao longo da vida;
2) Egocentrismo - o indivíduo tem dificuldade
de reconhecer os sentimentos e necessidades das outras pessoas, considera
os seus desejos como essenciais, muitas vezes, ignorando a vontade de
terceiros e o impacto de suas atitudes sobre eles;
3) Relacionamentos íntimos intensos porém instáveis e conflituosos - o indivíduo tende à
desconfiança, carência e pânico do abandono (seja este real ou imaginário), e alterna
momentos de extrema idealização e desvalorização das pessoas, assim como oscila
entre momentos de intimidade e de isolamento.
4) Disfunção
dos afetos – o indivíduo apresenta funcionamento caótico das emoções:
a) alterações
de humor em curtos períodos de tempo (horas/dias), oscilando do estado de
euforia/satisfação para o de tristeza/insatisfação e vice-versa ;
b) reações
intensas e desproporcionais a fatos e situações, podendo apresentar explosões
emocionais associado a drama ou agressividade;
c) freqüente
sentimento de raiva ou irritabilidade por motivos fúteis;
d)
insegurança diante da separação/afastamento (ainda que temporário) das pessoas
que lhe são importantes, levando a um quadro de dependência e perda da
autonomia;
e) valorização
excessiva de experiências negativas passadas, sentimentos intensos de apreensão
diante de situações de incerteza e medo de perder o controle;
f) tendência
a sentimentos de desesperança e pessimismo em relação ao futuro, baixa
auto-estima, pensamentos ou comportamentos suicidas/automutilantes;
g)
impulsividade excessiva sem considerar as consequências de seus atos;
h)
comportamento autodestrutivo e compulsivo, expondo-se a situações de risco
potencial (ex: abuso de drogas, sexo desprotegido, direção perigosa);
j) diante de situações de estresse emocional, podem ocorrer episódios de ideação paranóide (suspeita/crença de que está sendo perseguido ou injustiçado) e sintomas dissociativos (sentimentos ou memórias dolorosas tornam-se inconscientes, como mecanismo de defesa).
Para o diagnóstico de TPB ser fechado é necessário preencher 5 desses critérios.
Nos próximos posts, vou detalhar um pouco mais sobre alguns desses critérios dando exemplos práticos de como eles podem ser observados na convivência cotidiana com um portador de TPB.
j) diante de situações de estresse emocional, podem ocorrer episódios de ideação paranóide (suspeita/crença de que está sendo perseguido ou injustiçado) e sintomas dissociativos (sentimentos ou memórias dolorosas tornam-se inconscientes, como mecanismo de defesa).
Para o diagnóstico de TPB ser fechado é necessário preencher 5 desses critérios.
Nos próximos posts, vou detalhar um pouco mais sobre alguns desses critérios dando exemplos práticos de como eles podem ser observados na convivência cotidiana com um portador de TPB.
