Conviver com um borderline

Resolvi criar esse blog porque acredito que vá me fazer bem dividir com outras pessoas, de maneira anônima, as experiências que tenho vivenciado desde que assumi uma vida conjugal com um portador do Transtorno de Personalidade Borderline. Aos poucos, vou contando em detalhes o que tem sido essa via-crúcis. Tenho literalmente vivido no limite. O meu maior desejo nos últimos tempos resume-se a uma só palavra: divórcio.

Esse é o meu primeiro post e, aqui, deixo alguns conselhos àqueles que pensam em ter uma vida em comum com um parceiro que sofre deste transtorno. Primeiro, informem-se a respeito (não somente com psiquiatras e psicoterapeutas mas especialmente com pessoas que convivem com portadores do transtorno); segundo, analisem se tem estrutura emocional para lidar com o caos e a imprevisibilidade; terceiro, pense mas pense muito se vale à pena investir numa relação assim porque transtornos de personalidade não tem cura.

Eu li muito, devorei literaturas em português e inglês, pesquisei a fundo a respeito do que era o transtorno antes de me casar mas não tinha a noção do que era conviver com um. Hoje eu sei. Dormir e acordar ao lado de um borderline é um pesadelo permanente. O inferno é aqui.